1 Sentimento pra que?

Um som contagiante, uma música propícia, pessoas soltas, alegres e querendo só se divertir, ou esquecer os problemas, um ar de liberdade e “solteirice” - até pra quem não é. Mulheres com intenções. As solteiras: sair com as amigas, dançar muito e se arrumar com alguém por lá, se der. Comprometidas desacompanhadas: só se divertir (como dizem). Homens com muitas intenções. Solteiros: beber, pegar geral e tirar onda pros amigos. Comprometidos desacompanhados: … (resposta pessoal; mil alternativas aceitas).


Chegar e conhecer o território são os passos principais. Estabelecer uma posição e lá ficar, aí sim começar a observar o entorno. Paisagem melhorando... Figuras bonitas e agradáveis aparecem, e juntamente a explosão de pensamentos e o fervo de ideias começam a criar a expectativa e a necessidade de aproximações. 

Eles se apressam em começar os ataques. E elas se contorcem para chamar a atenção. Ao sinal do primeiro ataque e primeira conquista, inicia-se a disputa. Dá pra ver que é tudo um jogo, com uns lances sem sentido e sem razão. Mas e quando vem a primeira derrota, é suficiente para toda aquela banca dele ir ao chão. E ela se vangloria por ter mandado um “não”, e se sente “a gostosa”. Enquanto ele se torna “o otário” em poucos segundos. 

Só isso já foi suficiente para que um outro tenha observado de longe a situação e tente chegar de outra maneira, evitando um “não” de cara como o outro levou. Mas ele nem se garante tanto, porque viu vários outros caras não conseguindo nada. Por que com ele seria diferente? Era mais vantajoso ele continuar com as ideias fracas, mas que colavam com a outras mulheres. Pra que se esforçar com aquela que não tava dando bola pra ninguém? Mal ele sabia que ela tinha feito isso com os outros exatamente porque estava esperando ele chegar. 

Mas algo nela o chamava.


Ele pensa em atacar, mas antes manda uns amigos pra amenizar a queda e irem criando a ideia nela. Quando ele chega, já é tudo óbvio de acontecer. 

Puxa pra dançar, corpo com corpo, fala ao pé do ouvido, troca de olhares, e vai tudo muito bem. Até ela começar a sentir perto demais e intenso demais. Ela não gosta muito da sensação boa, porque é perigosa. Começar envolvimento ali e assim nunca é uma boa ideia pra quem tem coração fraco e mente neurótica. Mas já era. Tava nos braços dele e quando se deu conta, tinha entrado pro grupo das mulheres pegas facilmente. No exato momento, uma sensação de culpa e remorso. Se xingava por dentro, mas ao mesmo tempo não estava tão preocupada. Aquilo ali tava bom demais!


Exatamente. Bom demais pra ser verdade. Noite acaba. “Te ligo amanhã.” Amanhã chega. Ela entra pra lista dele e vira mais uma. Enquanto ele conseguiu em pouco tempo construir e destruir tudo. Simplesmente.
(Como um conto. Inspiração estranha, nada pessoal.)

1 comentário(s):

Dayane Nascimento disse...

Nossa que texto impactante, mas é verdade mesmo infelizmente né :/
visita?
http://conversando-com-a-lua.blogspot.com/

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